
Dados sobre acolhimento
Os principais motivos de acolhimento, segundo o “Levantamento Nacional de Abrigos para Crianças e Adolescentes da Rede SAC”, realizado em 2003 (IPEA/DISOC, 2003) são:
-
18,9% o abandono;
-
11,7% a violência doméstica;
-
11,4% a dependência química dos pais ou responsáveis, incluindo alcoolismo;
-
7,0% a vivência de rua;
-
5,2% a orfandade.
Sobre o perfil das crianças e adolescentes abrigadas, o relatório apontou que os abrigos pesquisados atendem cerca de 20 mil crianças e adolescentes que são, na maioria:
-
58,5% meninos;
-
63,6% afro-descendentes;
-
61,3% têm entre sete e 15 anos;
-
55,2% estão nos abrigos há um período que varia de sete meses a cinco anos;
-
32,9% está nos abrigos há um período entre dois e cinco anos, ainda que a medida de abrigo seja estabelecida como excepcional e provisória.
Em sua maioria, as crianças e os adolescentes estão inseridos no sistema escolar, registrando-se que:
-
66,8% das crianças entre 0 e 6 anos freqüentam creche;
-
97,1% dos que têm entre 7 e 18 vão à escola.
Por outro lado, registrou-se que o percentual de analfabetos é alto:
-
19,2% entre os adolescentes de 15 a 18 anos.
Sobre os vínculos familiares a pesquisa informou que:
-
86,7% dos abrigados têm família;
-
58,2% mantêm vínculos familiares;
-
5,8% estão impedidos judicialmente de contato com os familiares.
Apesar disso, vivem em instituições e estão privados da convivência familiar, preconizada na Constituição Federal e no ECA. A investigação dos motivos que levaram esses meninos e essas meninas aos abrigos mostrou que:
-
24,2% a pobreza é a mais citada.