DINÂMICA

Trata-se de um grupo fechado que ocorre semanalmente ao longo de dois meses, totalizando oito encontros nos quais são discutidos os temas supracitados por meio de dinâmicas grupais e estratégias disparadoras de discussão, como vídeos, colagens e músicas.

Os candidatos são encaminhados pelos diversos fóruns da grande São Paulo e se encontram na etapa inicial do processo de adoção. Cada grupo é composto por aproximadamente 10 pessoas, entre elas casais e solteiros(as). Os grupos são formados de acordo com a demanda e disponibilidade de horário dos participantes, semestralmente, sendo oferecidas três opções: manhã, tarde e noite.

FUNCIONAMENTO

PROPOSTA DO

GRUPO

O curso preparatório de candidatos à adoção surge para atender a nova lei da adoção no que concerne a preparação das pessoas que desejam adotar, sendo mais complexo e abrangente do que a avaliação psicológica normalmente realizada nas Varas da Infância e Juventude. É importante salientar que o curso tem caráter psicoeducativo, ou seja, não tem o papel de aprovar ou reprovar os candidatos, mas sim de torná-los mais sensíveis as questões envolvidas no processo, potencializando as chances de uma adoçãobem sucedida.

Tendo como base o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (1990), e as mudanças promovidas pela nova Lei da Adoção (no.12.010/2009) inseridas no Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária (2006), busca-se o acelerar e otimizar o processo deadoção para que crianças e adolescentes não excedam o período de um ano e meio em programas de acolhimento institucional ou familiar.

A lei ainda prevê que o acolhimento institucional seja aplicado apenas quando esgotados todos os recursos para que a criança ou adolescente seja mantido em sua família de origem ou extensa e destaca a importância da manutenção dos vínculos fraternais em casos de adoção. Além disso, a lei determina a obrigatoriedade da habilitação prévia para adotar.

LEI DA ADOÇÃO

OBJETIVOS DO

GRUPO

- Gerar nos candidatos análise quanto ao desejo em adotar e da construção da filiação advinda dessa decisão, tornando-os mais conscientes e preparado, além de diminuir as chances de devolução da criança ou adolescente em processo de adoção (guarda provisória ou estágio de convivência).

- Propiciar um espaço para reflexões acerca de temas que perpassam o processo de adoção. Mais especificamente, discute-se a respeito do perfil das crianças disponíveis para adoção, das motivações e expectativas para a adoção e as vivências no processo, dos preconceitos e mitos relacionados à adoção, da filiação e rede familiar, as fases de desenvolvimento da criança e adolescente, aspectos legais envolvidos, entre outros temas que surgem no grupo.

- Exercer o papel de acolhimento aos candidatos, visto que a adoção, na maioria das vezes, é fruto de uma sucessão de tentativas frustradas de ter filhos por vias biológicas, fazendo-se presente uma grande carga emocional vinculada ao desejo de paternagem e maternagem. Com isso, o grupo torna-se um ambiente propício para discutir as angustias e ansiedades dos participantes, relacionando-os e sensibilizando-os para temas de suma importância de forma a promover também a troca de experiências entre os participantes.

RESPONSABILIDADE

SOCIAL

Pôde ser observado ao longo do trabalho que a orientação psicológica às pessoas que se candidatam a adoção de uma criança promove um movimento de desconstrução de estigmas e estereótipos relacionados à temática, sendo importante, para a prevenção de negligência, abuso, rejeição ou devolução. Percebe-se grande idealização das crianças abrigadas, de suas histórias e da adoção propriamente dita, sendo responsabilidade do Grupo de Apoio exercer uma função informativa e reflexiva, desde a destituição do poder familiar das crianças envolvidas e o processo de adoção como um todo até a concretização da adoção e o período de adaptação da nova família constituída.

Palavras chave: Psicologia; Jurídica; Nova Lei da Adoção; Lei de Convivência Familiar, Grupo de Apoio Psicossocial; Adoção.