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Perfil das crianças e adolescentes abrigados

 

            Atualmente no Brasil existem cerca de 626 abrigos segundo uma pesquisa realizada pela rede SAC (Rede de Serviços de Ação continuada), a maior parte encontra-se localizada na região Sudeste do Brasil, seguidas pelas regiões Sul e Nordeste.

            Os abrigos atendem cerca de 20 mil crianças e adolescentes, sendo sua maioria meninos, afro-descendentes e com idade entre 7 a 15 anos. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam os bebês e crianças brancas são minorias nos abrigos. 

 

 

            A maioria das crianças e adolescentes abrigados estão inseridos no sistema escolar, as crianças de 0 a 6 meses freqüentam a creche e os de idade entre 7 e 18 freqüentam a escola.

            Embora o abrigamento seja uma medida de proteção provisória de tempo limitado, de acordo com o ECA (estatuto da criança e do adolescente) o prazo máximo de permanência no abrigo é de até dois anos. No entanto muitas crianças e adolescentes acabam permanecendo no abrigo por um período que ultrapassa dois anos, muitas vezes chegando a atingir sua maioridade.  Segundo levantamento Nacional o número de crianças e adolescentes que estão abrigadas varia entre um período de sete meses a cinco anos (55,2%) e uma parcela mais significativa (32,9%) está abrigada por um período que varia de dois a cinco anos.

            É comum que os abrigos sejam confundidos com orfanatos, mas a maioria das crianças e adolescentes abrigadas possui família. Entretanto uma pequena parcela dos abrigados mantém um vínculo com a sua família, a maior parte está impedida de ter qualquer tipo de convivência familiar e são impedidos de voltar para suas famílias, por questões judiciais, o que acaba resultando em um tempo maior de permanência nas instituições de acolhimento. Dos motivos pelas quais levam ao abrigamento de crianças e adolescente podemos observar o abandono, violência doméstica, negligência dos pais e vivências de rua.

Referências:

 

Mpsp.mp.br – Levantamento Nacional de Abrigos para Crianças.Silva, A. R. E (2004). O perfil das crianças e adolescentes nos abrigos pesquisados.

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